Por que inovação não é sobre criar coisas novas, é sobre resolver problemas reais

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Durante muito tempo, eu associei a palavra “inovação” a coisas grandiosas. Tecnologias disruptivas, ideias geniais, produtos revolucionários. Algo distante, raro, quase místico.

Só depois de algumas tentativas — e muitos aprendizados — é que entendi que a inovação, de fato, não começa com uma ideia brilhante. Começa com um problema real.

Eu aprendi a parar de perguntar “o que podemos criar?”

Sempre que alguém me falava sobre inovação, minha primeira reação era imaginar: “O que a gente pode inventar de novo?”

Mas essa pergunta parte de um lugar perigoso: o da criação pela criação. Quando a gente começa pela solução, corre o risco de criar algo que ninguém pediu, que ninguém entende, e que no fim… ninguém usa.

A pergunta mais poderosa que aprendi a fazer foi outra:

👉 “Qual é o problema que realmente vale a pena resolver?”

Essa mudança de foco me ensinou que não é sobre o novo. É sobre o necessário.

Inovar é escutar com atenção

Algumas das soluções mais impactantes que vi nascer ao longo da minha trajetória surgiram de observações simples: um processo que atrasava sempre, um cliente que reclamava da mesma coisa, um time que não conseguia entregar com fluidez.

Nada disso envolvia tecnologia de ponta. Envolvia escuta.

Inovar é, antes de tudo, um ato de empatia. É olhar para o outro e perceber onde está a dor. Onde está o atrito. Onde está o esforço desnecessário.

E, muitas vezes, a solução está naquilo que já existe — mas ainda não foi usado da melhor forma.

A verdadeira inovação é útil, antes de ser bonita

Já participei de projetos em que gastamos tempo, energia e dinheiro em soluções “bonitas”. Mas no dia a dia, elas não resolviam o problema da ponta. Não mudavam a vida de ninguém.

Hoje, antes de embarcar em qualquer proposta de inovação, eu faço uma pergunta básica (e incômoda):

📌 Isso aqui vai melhorar a vida de quem? De que forma?

Se a resposta for vaga, ou genérica, é sinal de que ainda falta conexão com o problema real.

Inovar também é simplificar

Outro mito que precisei desconstruir: inovação não precisa ser complexa.

Às vezes, é um ajuste de processo. Uma mudança de linguagem. Um formato diferente de atendimento. Um jeito novo de escutar.

E tudo isso pode ser mais transformador do que uma plataforma nova cheia de funcionalidades que ninguém entende.

Menos glamour. Mais impacto.

Inovação começa com coragem e termina com coerência

Coragem para questionar o que já existe. Coragem para ouvir o que dói. E coerência para entregar soluções que façam sentido — não só no pitch, mas na prática.

Hoje, acredito que os melhores inovadores não são os que criam mais. São os que resolvem melhor.

E você? Qual problema real está esperando por uma solução simples, útil e humana?

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