Para encarar desafios do mercado, startups estão se reinventando!

-

Esse ano não foi fácil para as startups do mundo todo. Devido ao aperto monetário nas principais economias do globo, os investimentos caíram vertiginosamente.

O resultado é que a maior parte dessas empresas da nova economia tiveram que enxugar custos e se reinventar para sobreviver. 

Só para ter uma ideia, no primeiro semestre deste ano, as startups brasileiras captaram US$ 2,92 bilhões em 327 transações. Esse é um valor 44% menor quando comparado ao mesmo período do ano passado.

A reinvenção das startups

Diante da queda de investimentos e de uma perspectiva de crescimento menos acelerada do que se esperava, as startups estão mudando a sua estratégia no mercado.

Ainda mais diante de uma expectativa econômica de aperto monetário para os próximos anos. Em vista disso, as fintechs e startups terão que seguir um caminho diferente daqui para frente.

A redução de custos já começou e isso pegou muitos colaboradores de surpresa. Agora é o momento de rever os planos de crescimento para o futuro para evitar novos erros.

Um dos pontos que é preciso atenção é que a maioria das startups é ancorada em pessoas. E por essa razão, uma grande redução de custos representa demissões em massa.

Mudança no timing de investimentos

Além da redução de custos, o que vejo é que as startups vão ter que mudar o timing dos investimentos, seguindo um calendário mais estratégico.

As demissões em massa foram necessárias para que as startups pudessem sobreviver no mercado, e agora há uma maior dificuldade na captação de recursos nas rodadas de investimentos.

Por isso, os resultados de longo prazo estão sendo substituídos pela necessidade de resultados imediatos. O que quero dizer com isso?

Se sua startup for capaz de trazer um retorno rápido para os investidores, ela terá mais capacidade de atrair investimentos nesse momento difícil.

Mais critérios na tomada de decisões

Até a chegada desse momento de pessimismo ao mercado, a maré estava muito favorável, e os tomadores de decisões estavam com estratégias de crescimento mais agressivas.

Agora é o momento do pessimismo, os valuations estão sendo revistos e é preciso ter muito mais critério quando se pensa em crescimento para os próximos anos.

É de referir que a liquidez do mercado de venture capital está reduzida e isso acende diversas luzes amarelas e vermelhas em muitos lugares.

No entanto, toda mudança traz o seu aprendizado. Afinal, na maré otimista surgiram muitas startups sem fundamentação e sem perspectiva de retorno de curto prazo. Eram grandes tiros no escuro, proporcionados pelo apetite ao risco dos investidores.

Daqui para frente, antes de criar uma startup, os empreendedores vão avaliar melhor o retorno, pensar em prazos mais consistentes para resultados para então oferecer um plano mais bem elaborado nas rodadas de negócio.

Ainda que os ventos não estejam soprando favoráveis, acredito muito que a maior parte das startups vai sair dessa mais fortalecidas, e os próprios profissionais terão um terreno mais sólido para trabalhar. Está acabando os tempos de castelos construídos sobre a areia.

Share this article

Recent posts

Google search engine

Popular categories

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Recent comments