Começo esta crônica com um episódio recente que se desenrolou em um palco global: um jogo de futebol entre o Real Madrid e o Valência na Espanha.
Vinícius Júnior, um talentoso jogador do Real Madrid, foi vítima de insultos racistas vindos da torcida adversária. As vaias e palavras de ódio preencheram o estádio, espalhando-se como uma mancha escura no campo verde brilhante.
Mas em vez de diminuir a importância do talento do jogador, esses insultos lançaram uma luz direta sobre a persistente presença do racismo na sociedade e no esporte.
Racismo: o peso de séculos de opressão
Racismo. Essa palavra tão pequena carrega o peso de séculos de opressão, exclusão e ódio, e continua influenciando a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.
No entanto, em pleno 2023, ainda estamos discutindo o ódio racial, testemunhando cenas de abuso racista em um jogo de futebol – uma triste lembrança da profunda divisão racial que persiste na sociedade.
O futebol é muitas vezes descrito como o ‘jogo bonito’. É um esporte que une pessoas de todas as origens, culturas e raças. Todavia, a beleza do jogo está manchada pela fealdade do racismo.
Não importa o talento que um jogador possua ou quantos gols ele marque, a cor de sua pele ainda é motivo para discriminação e ódio.
Racismo é uma construção social
Mas permitam-me reafirmar: o racismo é uma construção social, não uma realidade biológica. Nenhuma raça é superior ou inferior a outra. Todos somos iguais. Somos todos humanos. O esporte, em sua essência, é uma manifestação dessa igualdade.
No campo, todos têm a mesma oportunidade de brilhar, a mesma chance de marcar gols. Mas fora dele essa igualdade é muitas vezes esquecida.
A luta contra o racismo não deve ser somente responsabilidade dos que sofrem com ele. Cabe a todos nós nos desafiar e confrontarmos essas atitudes.
É hora de olharmos além da cor da pele, da etnia ou do lugar de nascimento de uma pessoa. É hora de celebrarmos a diversidade e a individualidade.
As ações racistas dos torcedores contra Vinícius Júnior não são apenas uma afronta a ele, mas a todos nós. Aqueles que praticam o racismo estão rejeitando a diversidade humana e a dignidade inalienável que todos nós compartilhamos.
Por um mundo sem racismo
O racismo deve ser eliminado. Não apenas no futebol, mas em todos os aspectos da vida. A mudança precisa começar agora.
Precisamos nos levantar contra o ódio racial, promovendo a diversidade e a inclusão. Devemos lembrar ao mundo que o valor de um ser humano não pode ser determinado pela cor de sua pele.
No final, o futebol é mais do que apenas um jogo. É uma celebração da diversidade humana, uma manifestação da nossa capacidade coletiva de superar desafios, um exemplo de como podemos trabalhar juntos para alcançar objetivos comuns.
Uma sociedade só prospera onde todos são iguais
Assim como o futebol, nossa sociedade só pode prosperar quando rejeitamos o racismo e abraçamos a diversidade. Então, da próxima vez que estivermos no estádio, ou assistindo a um jogo na televisão, vamos lembrar disso.
Cada jogador no campo é um ser humano, com sonhos, esperanças e sentimentos. Vamos lembrar que o racismo não tem lugar no futebol, nem em lugar algum.
Espero que a próxima vez que falarmos sobre Vinícius Júnior seja para celebrar seus gols e vitórias no campo, e não para condenar os atos de ódio contra ele.
E, quem sabe um dia o racismo seja erradicado de vez, não apenas nos estádios de futebol, mas em todos os cantos do mundo.