Sempre que olhamos para trás, as decisões parecem óbvias. O caminho parece linear, o raciocínio lógico, e os resultados, inevitáveis.

Mas a verdade é que, no momento em que as tomamos, nada era claro. E, na maioria das vezes, as melhores decisões que tomei nasceram justamente da incerteza.

Quando decidi empreender fora do Brasil, eu não tinha todas as respostas — na verdade, eu mal tinha as perguntas certas.

O que eu tinha era um sentimento de que ficar parado seria mais arriscado do que tentar.

A incerteza me tirava o sono, mas também me mantinha vivo.

Foi ela que me obrigou a aprender, a observar e a me reinventar em um país que, até então, não era o meu.

Ao longo da jornada, percebi que a clareza raramente vem antes da ação.

Você não encontra segurança e depois dá o passo — é o contrário. Você dá o passo, tropeça, ajusta o caminho e, no processo, constrói a segurança que procurava.

Foi assim com a SEDA, foi assim em cada nova fase da minha vida.

As decisões que mais transformaram a empresa — e a mim mesmo — nasceram em momentos de dúvida, não de certeza.

A incerteza, com o tempo, se revelou uma grande professora. Ela me ensinou que coragem não é ausência de medo, mas confiança no propósito.

É olhar para o desconhecido e seguir, mesmo sem ter todas as garantias.

Porque, no fundo, é isso que diferencia quem sonha de quem realiza: a disposição de agir mesmo quando o cenário ainda é nebuloso.

Hoje, quando alguém me pergunta qual foi o segredo das minhas melhores decisões, respondo sem hesitar: foi não esperar ter certeza.

Foi confiar no processo, nas pessoas e no propósito que me guiava.

Afinal, é a incerteza que nos obriga a evoluir.

É ela que testa nossa convicção e molda nossa visão. E, se há algo que aprendi nesses anos todos à frente da SEDA, é que o medo de errar paralisa muito mais do que o erro em si.

Porque quem espera o momento perfeito para agir, quase sempre, chega tarde demais.

Leave a reply

Please enter your comment!
Please enter your name here