O que ninguém te conta sobre empreender fora do Brasil

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Empreender fora do Brasil é o sonho de muitos. A ideia de internacionalizar um negócio, viver em outro país, acessar mercados mais estáveis e explorar novas oportunidades é, sem dúvida, empolgante. Mas também está longe de ser um caminho simples.

Na minha experiência como fundador da SEDA, vivendo e empreendendo na Irlanda, aprendi que o glamour de ter uma empresa fora do país é acompanhado por desafios que quase ninguém te conta.

1. Você vai começar do zero (de novo)

Mesmo com experiência, histórico e resultados no Brasil, ao chegar em outro país, você é um desconhecido.

A rede de contatos precisa ser reconstruída, a credibilidade precisa ser conquistada e os códigos culturais precisam ser reaprendidos. Empreender fora exige humildade para recomeçar, mesmo sendo experiente.

2. Cultura é tudo

Entender como as pessoas pensam, se comportam e fazem negócios em outro país é um desafio real. O que funciona no Brasil pode ser mal interpretado lá fora.

A forma de se comunicar, de negociar, de liderar um time — tudo precisa ser adaptado. E essa adaptação é constante.

3. A burocracia continua existindo

Engana-se quem pensa que em países desenvolvidos não há burocracia. Ela existe, só muda de formato. São outras leis, outras obrigações fiscais, outras regras trabalhistas. E para quem não está familiarizado com o sistema local, cada etapa pode ser uma barreira.

4. O idioma é só o começo

Falar a língua local é o mínimo. Empreender fora exige que você compreenda os significados por trás das palavras.

A comunicação com fornecedores, clientes e colaboradores exige clareza, escuta ativa e sensibilidade cultural. E mesmo dominando o idioma, você vai errar. E aprender.

5. A solidez leva tempo

Muita gente acredita que empreender fora é sinônimo de sucesso rápido. Mas como em qualquer lugar, o crescimento é construído com consistência.

Os primeiros anos podem ser mais desafiadores do que no Brasil, especialmente sem uma rede de apoio. Por isso, paciência e resiliência são fundamentais.

Conclusão

Gosto de dizer que empreender fora, não é apenas abrir uma empresa em outro endereço, mas de reaprender a empreender em um novo mundo.

O processo exige desprendimento, adaptação e uma disposição real para evoluir como profissional e como ser humano.

Mas também abre portas para uma nova visão de negócio, para conexões globais e para um crescimento que vai muito além dos resultados financeiros.

Se você está pensando em dar esse passo, minha dica é: faça com coragem, mas faça com preparo. Porque empreender fora pode ser a melhor decisão da sua vida — desde que você esteja pronto para os desafios que ninguém te conta.

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